Companheiros, antes da fundação do Sintnaval,
quando já éramos oposição ao sindicato da Ana Néri, defendíamos a unificação
das datas bases da indústria naval no estado do Rio de Janeiro.
Este
ano, pelo menos por enquanto, se aponta que a nossa data base será em
maio,junto com os Sindicatos de Niterói e Angra. Mas para que isso aconteça,
temos que pressionar os pelegos do outro sindicato a bancarem a campanha a
partir de agora.
Vivemos
um momento impar na construção naval no Rio de Janeiro. O reaquecimento da
indústria naval, principalmente pela descoberta da camada pré-sal, e a
necessidade de renovação da frota da Petrobrás, colocou novamente nossa
categoria como uma das principais no país.
Nesse
momento em que o mundo vive uma das mais profundas e graves crises do sistema
capitalista, e que a todo momento os patrões e os governos tentam garantir seu
caviar, whisky e os bilhões roubados dos cofres públicos para os banqueiros, as
custas da redução salarial e dos gastos sociais, não podemos ficar parados.
Este
ano, que mal iniciou, mais uma vez, o governo e os patrões já começam com uma
nova, porém velha canção: “é hora de apertar o cinto”. Essa história já
conhecemos de longa data. Foi a mesma que nos levou a ficar durante 6 anos sem
ganhos reais em nossos contra-cheques. Enquanto isso, em Niterói, os salários
dispararam. Os profissionais em Niterói recebem quase o dobro do que recebemos
aqui no Rio. A equiparação tão comemorada saiu pela metade, pois, equiparou-se
apenas o piso.
Para
avançar nas nossas conquistas necessitamos, esse ano, fazer uma grande greve
geral da indústria naval. Em primeiro lugar, para garantir um acordo salarial
decente e que reponha nossas perdas salariais. Em segundo lugar, devemos
defender o pré-sal, pois o aquecimento e o crescimento da indústria naval estão
ligados diretamente à exploração do pré-sal pela Petrobrás. Não podemos deixar
que uma gota do petróleo brasileiro termine não mãos das petrolíferas gringas.
Companheiros,
Com toda
certeza iremos escutar que não dá para fazer greve, que temos que ter
paciência, que temos que esperar um pouco mais, porque tá difícil a situação.
Tudo conversa para boi dormir. Os patrões nunca ganharam tanto dinheiro como
ganham hoje em dia.
A última
e mais deslavada mentira que contam é que, se fizermos greves a fábrica vai
fechar. Essa é a pior das mentiras, pois quando tem greve, a produção atrasa, e
com a produção atrasada continua existindo prazo para entrega, o trabalho tem que
ser acelerado; e para o trabalho acelerar é preciso contratar mais gente.
Simples dessa forma.
Vamos
para cima deles. Construir uma campanha salarial combativa, organizar nossa
greve no chão do estaleiro. Não queremos mais assembleias dentro da empresa.
Assembleia de trabalhador é na rua, não na casa do patrão.
Entre em
contato conosco e vamos organizar nossa campanha salarial, pressionando o outro
sindicato a fazer o que nós trabalhadores desejamos, e não os acordos que eles
fecham nas salas geladas do patronato.
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