quinta-feira, 7 de março de 2013

Campanha Salarial 2013!


Companheiros, antes da fundação do Sintnaval, quando já éramos oposição ao sindicato da Ana Néri, defendíamos a unificação das datas bases da indústria naval no estado do Rio de Janeiro.
            Este ano, pelo menos por enquanto, se aponta que a nossa data base será em maio,junto com os Sindicatos de Niterói e Angra. Mas para que isso aconteça, temos que pressionar os pelegos do outro sindicato a bancarem a campanha a partir de agora.

            Vivemos um momento impar na construção naval no Rio de Janeiro. O reaquecimento da indústria naval, principalmente pela descoberta da camada pré-sal, e a necessidade de renovação da frota da Petrobrás, colocou novamente nossa categoria como uma das principais no país.
            Nesse momento em que o mundo vive uma das mais profundas e graves crises do sistema capitalista, e que a todo momento os patrões e os governos tentam garantir seu caviar, whisky e os bilhões roubados dos cofres públicos para os banqueiros, as custas da redução salarial e dos gastos sociais, não podemos ficar parados.
            Este ano, que mal iniciou, mais uma vez, o governo e os patrões já começam com uma nova, porém velha canção: “é hora de apertar o cinto”. Essa história já conhecemos de longa data. Foi a mesma que nos levou a ficar durante 6 anos sem ganhos reais em nossos contra-cheques. Enquanto isso, em Niterói, os salários dispararam. Os profissionais em Niterói recebem quase o dobro do que recebemos aqui no Rio. A equiparação tão comemorada saiu pela metade, pois, equiparou-se apenas o piso.
Para avançar nas nossas conquistas necessitamos, esse ano, fazer uma grande greve geral da indústria naval. Em primeiro lugar, para garantir um acordo salarial decente e que reponha nossas perdas salariais. Em segundo lugar, devemos defender o pré-sal, pois o aquecimento e o crescimento da indústria naval estão ligados diretamente à exploração do pré-sal pela Petrobrás. Não podemos deixar que uma gota do petróleo brasileiro termine não mãos das petrolíferas gringas.
Companheiros,
Com toda certeza iremos escutar que não dá para fazer greve, que temos que ter paciência, que temos que esperar um pouco mais, porque tá difícil a situação. Tudo conversa para boi dormir. Os patrões nunca ganharam tanto dinheiro como ganham hoje em dia.
A última e mais deslavada mentira que contam é que, se fizermos greves a fábrica vai fechar. Essa é a pior das mentiras, pois quando tem greve, a produção atrasa, e com a produção atrasada continua existindo prazo para entrega, o trabalho tem que ser acelerado; e para o trabalho acelerar é preciso contratar mais gente. Simples dessa forma.
Vamos para cima deles. Construir uma campanha salarial combativa, organizar nossa greve no chão do estaleiro. Não queremos mais assembleias dentro da empresa. Assembleia de trabalhador é na rua, não na casa do patrão.
Entre em contato conosco e vamos organizar nossa campanha salarial, pressionando o outro sindicato a fazer o que nós trabalhadores desejamos, e não os acordos que eles fecham nas salas geladas do patronato.

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