Operários do Rio Nave dobram patrão e o outro sindicato!

Meses atrás o SINTNAVAL denunciou ao Ministério Público do Trabalho – MPT, que o estaleiro Rio Nave não estava pagando a cesta básica, 1/3 das férias e não depositava o FGTS recolhido dos trabalhadores. Após a iniciativa, o Sintnaval/RJ fez ampla denúncia com panfletos e carro de som no estaleiro, lembrando que no mesmo período acusamos também o estaleiro EISA/SA pela má alimentação e condições sub-humanas de alimentação no refeitório.           

            Nos dias 21 e 22 os operários do Rio Nave, cansados de ser enrolados, decidiram cruzar os braços para garantir seus direitos, que constam do Acordo Coletivo e da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Obrigaram o outro sindicato a vir à porta de fábrica e negociar com o patronato a volta dos nossos direitos. Mas, porque temos que sempre estar renegociando os nossos direitos se já são garantidos nas leis? A resposta é simples, o outro sindicato por ser atrelado ao patronato faz vista grossa para a situação que vivemos no chão de fábrica. E, sem dúvida alguma, deixou o patronato do Rio Nave aplicar nosso dinheiro (sai) para lucrar ainda mais em cima das nossas costas.

            A lição que temos que tirar dessa situação no Rio Nave é a seguinte: vamos partir com tudo pra cima do patronato na negociação esse ano, a equiparação com Niterói terá que sair, por bem ou por mal, temos que nos preparar para uma grande greve, pois apenas desta forma obteremos o que é nosso.

            Para aqueles que não acreditam na força da Classe Operária fica mais este ensinamento: somos a mola mestre da sociedade, sem a classe operária nada se move ou se transforma, somos nós quem construímos pontes por cima dos rios e mares, somos nós quem construímos os carros, ônibus e navios e somos nós quem iremos conquistar uma sociedade sem os parasitas (patrões) que se alimentam do nosso sangue e suor, na qual não apenas alguns poucos usufruem das riquezas produzidas por nós operários, e onde teremos garantidos nossos sonhos, dos nossos filhos e o direito de viver uma vida digna e feliz com todos nossos irmãos trabalhadores, está sociedade tem um nome: sociedade Socialista.